domingo, 19 de outubro de 2008

Cafofos dentro de nós

Como eu escrevi outro dia, o cafofo não é o lugar onde a gente mora, é um lugar que mora dentro de nós. Um lugar que me lembra a garagem do meu avô, onde a gente guarda um monte de coisas que a gente só entende porque guardou quando sente falta delas.

Esse meu cafofo está incrivelmente lotado... tão entupido de coisas que faz todo o resto parecer vazio. Guardei lá sonhos, planos, expectativas. Guardei um projeto de vida que era pra ser vivida à dois, no qual realizações, alegrias, tristezas seriam compartilhadas. Guardei um amor imenso, tão grande que eu não sabia direito nem como lidar com ele.

Com tudo isso empilhado no cafofo, não sobrou quase nada aqui fora. Aliás, sobrou sim... Uma enorme tristeza que eu não consegui trancar lá dentro, e que contagia cada coisa que eu faço. Não estou mais fazendo aquilo que, no post passado, eu disse que estava. Até mesmo porque cada uma daquelas atitudes só fazia a tristeza crescer... Estou me cuidando, tentando colocar coisas positivas na minha vida, tentando me ocupar pra ver se eu ocupo o espaço dessa tristeza e ela se toca e vai embora.

Gente, falando sério... eu nunca imaginei que se pudesse sentir tanta falta de alguém, assim...